quinta-feira, 8 de abril de 2010

VERBO


Solto o verbo rasgado
Cru e denso
Palavras que se expandem ao vento
De alcance infinito
Brumas que se dissolvem
Na fina areia da pele
Absorvido lentamente
No vagar de extremas emoções
Verbo maldito
Por vezes não dito
Abstraído por fora
Diluído por dentro
Lenitivo dos ardores
Rico alimento
Verbo voraz
em seus ideais
Evidencia a mais pura essência
Primitiva e selvagem
desconhecida por nós
Verbo sagrado
Elucida com exatidão
os mistérios velados
por nosso obscuro inconsciente
Verbo amigo
Daí-nos luz e abrigo
Às sombras que nos invalidam.
(Leila Soares)

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